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Arquitetos: Goiva
- Área: 200 m²
- Ano: 2023
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Fotografias:Maíra Acayaba
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Fabricantes: Boobam, Casulo Design, Deca, Guilherme Wentz, Gustavo Bittencourt, Jmar, Ladrilar, Lurca, Portobello, REKA, Wentz Design, estudiobola, kitchens
Descrição enviada pela equipe de projeto. De lote estreito e curto, a Casa do Yuji fica no Baixo Pinheiros, próximo ao Largo da Batata, na zona oeste de São Paulo. O projeto é do escritório Goiva, dos arquitetos Karen Evangelisti e Marcos Mendes, e a construção com cerca de 40 anos, feita de tijolos maciços, conserva um visual tradicional em uma rua no meio de outras casas e sem muito movimento de carros.
Os arquitetos tiveram como ponto de partida o pedido do morador Yuji por uma casa moderna, com bom acabamento e tecnologia na construção, além de dois quartos no andar superior e um banheiro, como o imóvel já possuía. Outro desejo era trab
A área social era uma prioridade para o cliente, que adora receber. No térreo, a sala e cozinha são conectadas para fácil locomoção e, nos fundos, foi construída uma churrasqueira conectada com a cozinha, além de um deck como área de acesso. Na planta original da residência, o corredor era usado apenas para a circulação, mas passou a fazer parte do cenário da área social. Essa extensão da casa, também incorporada para trazer iluminação natural à cozinha e living, foi adornada pelo paisagismo, implementado como bloqueio de vista, protegendo a privacidade.
Pensando em um espaço para receber amigos e familiares, o subsolo foi escavado para construção de um pub, um pedido especial do morador, que é acessado por meio de uma escada escultural de aço e um jardim intimista. Já o estacionamento fica em um nível abaixo do térreo, aproveitando o escavamento dos antigos donos.
O grande desafio, de acordo com os arquitetos, foi a parte estrutural do projeto, considerada como a mais complexa. Novas estruturas de sustentação foram adicionadas conforme as paredes originais, que serviam como sistema de sustentação principal, e o corpo da casa foi prolongado em concreto na área da cozinha. “Mudar a estrutura da casa, modernizar seu cotidiano e seu uso sem interferir na linguagem antiga e na história foi de longe nosso maior desafio”, comenta Marcos Mendes.
Ainda sobre os desafios, Karen Evangelisti pontua que os ambientes compactos, pequenos e segmentados foram repensados para que a casa pudesse ser mais integrada e aberta. “Esse projeto ganhou uma força muito grande com a integração dos espaços sociais e com o uso das texturas de concreto, madeira e pedra natural”, completa.
Na fachada, os volumes de concreto das janelas se destacam na paisagem, tanto para quem mora na casa, trazendo mais luz e espaço para o interior, como para quem anda pelo bairro, que consegue ver um pouco da atmosfera da residência.
Durante a noite, a iluminação externa se torna a protagonista. Desde a entrada até o final do terreno, plantas se destacam e valorizam a arquitetura, tornando o morar mais acolhedor. Como resultado, as características das casas locais foram mantidas, mas com um interior completamente moderno e renovado.